quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Espíritos


Foto: Getty Images
Em uma conversa na tarde de hoje, um certo assunto começou a ser discutido: os espíritos (e o medo que algumas pessoas tem deles).
Se existem ou não, se são frutos da nossa imaginação ou realmente manifestações de outro mundo, isso não vem ao caso. A discussão é: de fato coisas estranhas acontecem de vez em quando e são de arrepiar.
Durante a minha conversa, ouvi relatos de pessoas que ouvem vozes quando estão quase dormindo, escutam alguém chamar seu nome, vêem pessoas, vultos, a televisão liga inesperadamente, ou o rádio, o copo quebra em cima da mesa...sem falar nas fotos que volta e meia vemos alguém mostrar na televisão.
Eu mesma já tive algumas experiências sobre esse assunto e quando lembro, ainda sinto um frio na espinha.
De onde será que isso tudo vem!? Ou não vem!?
Vale a pena ter tanto medo?! Na verdade acho que ele é inevitável no meio de tudo isso.

domingo, 8 de agosto de 2010

Loucura (parte II)

Alguns dias depois de postar no blog sobre o medo de ficar louco, o programa A Liga da Band teve como tema daquela mesma semana a saúde mental.
Vários casos foram mostrados e esse tema voltou a ficar passeando pela minha mente.

Como ilustração disso, pode-se citar um trecho de "The Dark Side of The Moon - Os bastidores da obra prima do Pink Floyd" de John Harris, que foi obtido por Roger Waters entrevistando Gerry O'Driscol, um zelador dos estúdios Abbey Road na época da gravação do Dark Side.

"Sou louco há caralhadas de anos, absolutamente anos...Sempre fui louco. Sei que sou louco como a maioria de nós. É muito difícil explicar por que você ficou louco, mesmo que não seja louco".

Não me deixe só

Impressionante como o medo pode ser cantado com uma voz tão suave e de uma forma tão bonita, ainda mais se tratando do medo de ficar só.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

A morte (e o medo líquido)


Hoje lembrei de um livro que li há um pouco mais de um ano: Medo Líquido, do grande sociólogo Zygmunt Bauman. Durante todo o livro o autor fala do medo sob uma ótica da modernidade, em que tudo é tão passageiro, mutável e controlável (incluindo até mesmo os nossos medos).
Em um dos primeiros capítulos, intitulado "O pavor da morte" ele fala um pouco sobre esse medo que apavora a todos nós a medida que nos faz sentir vivos.

"O 'medo original', o medo da morte (um medo inato, endêmico), nós, seres humanos, aparentemente compartilhamos com os animais, graças ao instinto de sobrevivência programado no curso da evolução em todas as espécies (ou pelo menos naquelas que sobreviveram o bastante e, portanto, deixaram registrados traços suficientes de suas existências). Mas somente nós, seres humanos, temos consciência da inevitabilidade da morte e assim também enfrentamos a apavorante tarefa de sobreviver à aquisição desse conhecimento - a tarefa de viver com o pavor da inevitabilidade da morte e apesar dele. Maurice Blanchot chegou a ponto de sugerir que, enquanto o homem sabe da morte apenas pode ser homem, ele só é homem porque é a morte no processo de devir". Zygmunt Bauman

domingo, 1 de agosto de 2010

Loucura

Assistindo ao filme “Ilha do Medo” nessa tarde de domingo comecei a refletir sobre um assunto que já havia me passado pela cabeça algumas vezes: o medo de enlouquecer!
No meio de tantas obsessões, compulsões, comportamentos impulsivos e uma vida totalmente corrida será que corremos esse risco? Ou de louco todo mundo já tem um pouco?
Quando falo de loucura falo no sentido mais grave da coisa, como de repente pensar que sou outra pessoa, viver em um mundo totalmente diferente, ter diversas alucinações e coisas desse tipo.
Fico pensando como seria se o cérebro de repente começasse a funcionar de uma outra maneira e ficasse convicto de que é desse jeito que as coisas são, como afirmar que o verde é azul, e ponto. Ninguém entende ou ao menos tenta entender.
Difícil é saber o que é normal, qual o limite entre a loucura e a sanidade. Às vezes já perdemos a noção e sequer notamos.
Enquanto escrevia esse post encontrei uma citação em um site de psiquiatria: “quem tem medo de ficar louco não está louco”. Posso ficar com medo de não ter medo.